Na avaliação de seus próprios colegas, sua permanência no cargo é insustentável.
Paulo Roberto de Santana, PSL - Presidente da Câmara. (Foto: SE Notícias.)
O presidente da Câmara Municipal de São Cristóvão, Paulo Roberto de Santana, pode ser destituído do cargo a qualquer momento. Oito vereadores acusam o presidente da casa de negligente e uso do cargo para fins ilícitos. De acordo com os parlamentares o presidente teria permitido que seu filho, Paulo Roberto Júnior, se aproprie do poder administrativo da Câmara, participando de reuniões, deliberações e atos administrativos, apesar de não possuir qualquer tipo de vínculo com a Câmara.
Os vereadores querem que o presidente determine a realização de uma sessão extraordinária para deliberação sobre sua destituição do cargo de presidente, com base no artigo 26 do Regimento Interno da Câmara. Os parlamentares insatisfeitos observam que, caso o pedido não seja atendido, os demais membros da mesa tomarão para si a responsabilidade de convocar a sessão, baseado no artigo 29, inciso IX do Regimento Interno no Poder Legislativo Municipal.
Assinam o ofício com pedido de destituição do presidente da Câmara os vereadores: José Rubens Ribeiro Correa (o Mago, do PR), Osemar Araujo Didou Militão (o Toni da Academia, do PSC), Carlos Alberto dos Santos Menezes (o Carlos Vilão, do DEM), Moacir Cruz dos Santos (o Bila, do PPL), Michael Lima Menezes Almeida (o Maicon, do PTdoB), Jorge Luis Lisboa de Santana (o Jorge Lisboa, do PDT), José Antonio de Lima (o Pai Veio, do PMDB) e Gibson Rodrigues da Cruz (o Irmão Gibson, do PSC). Irmão Gibson é o atual líder do prefeito Alex Rocha (PDT) na Câmara Municipal de São Cristóvão, enquanto Carlos Vilão é o líder da oposição. Situação e oposição unidas para destituir o presidente.
Presidência
Procurado pela reportagem do SE Notícias, o presidente da Câmara, Paulo Roberto de Santana, por meio de assessores, disse estar surpreso com a decisão dos colegas vereadores. Segundo Paulo Roberto, durante a última sessão do ano passado os vereadores elogiaram o seu desempenho a frente da casa legislativa, inclusive enaltecendo o papel da Mesa Diretora, em particular do presidente.
De acordo com Paulo Roberto, a revolta dos vereadores se dá pelo fato dele não ter atendido a um pleito dos vereadores, aumentando a verba indenizatória em 30%, o que subiria dos atuais R$ 3.500 para R$ 5 mil. O presidente da casa adiantou que vai manter sua decisão em não aumentar os gastos do poder legislativo.
Paulo Roberto foi reeleito em setembro de 2010 com o apoio de quase todos os vereadores. Dos 10 parlamentares, apenas Jorge Lisboa e Michael Almeida não participaram da votação. Os dois se abstiveram da votação que reelegeu Paulo Roberto.
Por Redação SE Notícias
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